
É sentindo nada que se descobre o por quê.
É com a mente oca que encontra o ideal
de que o bom é ser cheio de mundo.
É caminhando sem rumo
que se vê o destino certo ou errado,
qualquer um, apenas aquele que precisa ser.
Sem voz de conselho, perco mil vezes
E acredito estar certa.
Sem disposição de encontrar nada além do bonito,
quando me bate a porta o incomodo
largo os olhos e permito-me esvaziar.
O Eu comigo talvez
Quase encontrando um ponto final.
Para tentar haver um novo meio
ou uma continuação tão permitida quanto
minha ânsia por ser grande.
E o que dizer sobre o que não quero?
Abstenho-me do cansaço da tristeza
e corro para a percepção do que não me comove.
Perto do que não foi,
tenho a sensação de simplesmente ser.
Viajo nessa poesia de muitos quereres,
e sem adivinhar o percurso,
fecho os olhos e agradeço.