segunda-feira, 2 de maio de 2011

Poema de parede

SXC banco de imagens

Li na parede o mesmo escrito,
poesia de todo dia,
releitura automática dos olhos.

Uns dias a primeira estrofe é digerida,
em outros, as palavras se devoram.
Hoje tudo fez sentido.

Paixão colada em forma de adesivo,
navega entre mares,
propaga como praga.

Dor de amor que desespera,
Entre as letras esconde lágrimas,
De dentro do homem para a cola do muro.

Texto de rotina penosa,
Quem o lê não ouve sua lamúria,
Enxerga fosco o que hoje vejo translucido.