segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Nada é Muito


Nada me sai,
Nem sequer um assobio silencioso pra disfarçar
Nem uma palavra muda pra aquecer

Nada me escapa
Nem eu, nem você, nem qualquer vulto
que tente se esconder com medo do meu julgar incoerente

É tudo pesado, quase não consigo carregar
Meus ombros estão curvados
e mais consigo catar temores do que soltar desilusões

Uma névoa de calmaria rodeia meu estar
E com a mente vazia, sem uma emoção acesa
caminho para casa e continuo escutando os ecos do mundo

Mais fácil assim nesses tempos de insensatez
seguir sem acreditar nas peripécias da mente
pois nem ela sabe como me guiar

Do lado de fora parece tudo mais sólido
Mais palpável de se deixar levar
Vou buscar a música pra me esquecer

Vou viver o mundo pra não parar de andar...