Andam dizendo desde que nasci
Que somos seres sugadores de tudo que nos oferecem.
Às vezes roubamos essa quase completude do outro
e traduzimos para o nosso Eu como parte de um
quebra-cabeça semi-pronto que temos por dentro.
Ou então, como se fosse um líquido,
essa informação escorre sobre os espaços vazios
Que somos seres sugadores de tudo que nos oferecem.
Às vezes roubamos essa quase completude do outro
e traduzimos para o nosso Eu como parte de um
quebra-cabeça semi-pronto que temos por dentro.
Ou então, como se fosse um líquido,
essa informação escorre sobre os espaços vazios
da mente e penetra nas partes faltantes que
estão esperando para serem conectadas.
Mas, e quando tudo dessa sucção é insuficiente até
onde deveria servir com perfeição?
Fica um vazio de passado, como se o vivido
não tivesse tido a importância que teve.
É como se tudo ficasse esburacado
sem matéria para tampar os espaços,
por que naquele momento eu deveria ter sugado mais.
É um arrependimento sem piedade que chega e derruba o ego.
Que me faz sentir caminhar para trás.
Que me faz olhar para frente e não enxergar.
A possibilidade de enfrentar esses buracos do presente
Mas, e quando tudo dessa sucção é insuficiente até
onde deveria servir com perfeição?
Fica um vazio de passado, como se o vivido
não tivesse tido a importância que teve.
É como se tudo ficasse esburacado
sem matéria para tampar os espaços,
por que naquele momento eu deveria ter sugado mais.
É um arrependimento sem piedade que chega e derruba o ego.
Que me faz sentir caminhar para trás.
Que me faz olhar para frente e não enxergar.
A possibilidade de enfrentar esses buracos do presente
me congela como uma incompetência explicita que é
colada na minha testa e parece estar à vista
de todos que me olham.
É... Falhei!
Agora vou sair quieta, com a consciência de que
meu erro teve uma conseqüência real.
De que pôde ser diferente e eu fiz ser igual.
Arrependimento passa!
É... Falhei!
Agora vou sair quieta, com a consciência de que
meu erro teve uma conseqüência real.
De que pôde ser diferente e eu fiz ser igual.
Arrependimento passa!
Mas olhar pra ele só me faz crer o quão tolo fui
O quão tolo vou-me sentir ser.
Estou aqui esperando...
Assim como passou aquele, vai passar este, e o outro, e o seguinte...
Até eu encontrar um novo equívoco escondido nos atos covardes,
Misturados nas peças embaralhadas,
Escorridos nos buracos errados,
Enfraquecido diante do hoje e omitido no tempo do depois.
O quão tolo vou-me sentir ser.
Estou aqui esperando...
Assim como passou aquele, vai passar este, e o outro, e o seguinte...
Até eu encontrar um novo equívoco escondido nos atos covardes,
Misturados nas peças embaralhadas,
Escorridos nos buracos errados,
Enfraquecido diante do hoje e omitido no tempo do depois.
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