segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sem ComPasso


Quase no fim
Mas ainda emperra.

Segura a alma,

Entristece o semblante,

Amorna o dia.

Parece mais com relógio avesso,

Gira com a demora do minuto,

Cada milésimo passado.


Igual a música que está a acabar,

Insiste na última batida,
Continua inebriando,
Mas deixa cego da próxima nota.


Contrário do som,

Desvaira a beleza,

Bate em descompasso.


Demasiado regressivo,

Segue um transviado alívio,
Frio, esquelético, indócil.


Com outro começo,

Aguarda o alicerce.

Um comentário:

Portrait disse...

Gostei muito do que você escreve
Trabalho com sua mãe no Externato - sou o professor de História...
Falando na sua mãe, ela tinah razão quanto ao seu talento..
Parabéns

http://aledacosta.blogspot.com/

Alexandre