
Quase no fim
Mas ainda emperra.
Segura a alma,
Entristece o semblante,
Amorna o dia.
Parece mais com relógio avesso,
Gira com a demora do minuto,
Cada milésimo passado.
Igual a música que está a acabar,
Insiste na última batida,
Continua inebriando,
Mas deixa cego da próxima nota.
Contrário do som,
Desvaira a beleza,
Bate em descompasso.
Demasiado regressivo,
Segue um transviado alívio,
Frio, esquelético, indócil.
Com outro começo,
Aguarda o alicerce.