terça-feira, 7 de setembro de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ontem a noite

SXC Banco de imagem

Nem choro.
Nem vela.

Lágrimas de qualquer dor.
Sem Nome,
Causa,
Desespero.

Água para embebedar o travesseiro,
Acalorar o relento.

Sentidos descentrados,
Corpo acolhido
espreitando afago.

A lágrima corre por que tem que sair.
Corre para fugir de mim...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

No Ônibus

SXC Banco de Imagem

Balanço,
Mãos suadas abraçando a barra.
Breque,
Pés desgrudados do chão.

Equilíbrio,
Quando param as rodas,
Retorna.

Na cidade,
Pessoas opacas.
Na janela,
Riscos transparentes.

Milhares de dedos,
de fios de cabelo,
digitais anônimas.

Entrando,
Saindo.
Chegando,
Partindo.

Mesma linha,
Vários destinos.

domingo, 16 de maio de 2010

Enxaqueca


Olhos caídos
Murchos de sentimentos.
Sem o brilho de ontem,
Fogem da luz.

A pílula desce a garganta,
Desajeitada.
O efeito desvia a atenção,
Mas a cabeça pulsa.

Quando se juntam as pálpebras,
A concentração aumenta.
A respiração ofega,
A inquietude volta.

O escuro.
O silencio.
Ao mesmo tempo acalma.
Ao mesmo tempo desespera.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tempo de Chuva

SXC Banco de imagem

Chuvisco em dia nublado,
Guarda-chuvas se encostam,
Olhos ficam mais distantes.

Poças ensopando o que já está molhado,
Mãos, pés, cabeça, gélidas.
O pensamento ficou debaixo do cobertor.

As palavras soam desnecessárias,
Quase insultos,
Silêncio é o que permeia e o que importa.

O tempo corre lento,
A garoa infinita,
Hora de ir buscar o pensamento.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Peso de palavra


Onde estão minhas palavras?
Atrás de olhos encharcados,
De mãos desajeitadas,
Pernas cansadas.

Evaporadas por sussurros,
Sopro sem voz,
Sem força,
Escondidas de tudo.

E por tempos segue sem perceber,
Acumulando-se,
Cheias de vento e letras sem ordem,
Começa a pesar.

Pesa muito.
Pesa tanto.

Nas costas, no peito
Peso maior que eu...

Peso que só cabe fora de mim!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pensamento de Novo Ano

Banco de Imagem SXC

Ciclo de incertezas, melodrama,
pitada de novela.

Cores novas,
ansiedade,
medo de mim.

Aposta de todas as fichas,
em uma escala,
onde só eu sei onde está o meio tom.

De resto é deixar fluir.
Sem olhar para o lado,
sendo o umbigo o ponto de chegada.

Busca do equilíbrio,
entre o que resta
o que falta. E o que tem que ser.

Sem pestanejar,
levantar os olhos para o céu
e encontrar o início do caminho.