quinta-feira, 31 de julho de 2008

Do Lado de Lá


Podia entender como é olhar para o lado e ver um paraíso próximo, mas fica difícil quando se tem uma venda translúcida que peca os olhos. Os medos ficam aguçados por você não saber onde é o fim nem o começo, o chão parece de papel e qualquer passo em falso pode ser uma cicatriz, o céu parece o mar, envolto de ondas que mais me tentam enganar.

E o toque? Como percebê-lo? Qual é o limite para não se ferir, qual é o começo para não voltar pra trás? Depois da mureta, pode vir um abismo, ou não. Escolher é a única maneira de continuar. Mas isso pode levar a consequências tão momentâneas quanto as palavras falsas de nossos não pensar.